Atualmente, é possível encontrar diversos alimentos nas
prateleiras dos mercados que prometem ser mais benéficos a sua saúde.
Todavia, muitas vezes as palavras diet, light, zero, dentre
outras, acabam sendo usadas livremente pelos produtores – sendo que a maioria
dos consumidores desconhece seus verdadeiros significados, o que gera muitas
dúvidas, principalmente naquelas pessoas que seguem alguma dieta.
Já falamos anteriormente sobre os alimentos denominados orgânicos, agora é hora de abordar outras
denominações. Então, vamos a elas:
Alimentos Light
Alimentos light são aqueles que tem uma quantidade mínima de
25% reduzida de algum nutriente – açúcar, gordura total ou saturada, sódio ou
valor energético (calorias) -, quando
comparado ao produto convencional da mesma marca.
No caso de a marca não possuir o produto convencional, os
25% devem ser calculados com base na média dos produtos convencionais
disponíveis para venda.
Nem sempre foi assim, antigamente o termo “light” podia ser
usado menos rigorosamente – a regra atual entrou em vigor no inicio de 2014.
Alimentos Diet
São alimentos
voltados para pessoas com restrições alimentares, como por exemplo os
diabéticos (que não devem ingerir muito açúcar) ou celíacos (isto é, pessoas
com intolerância ao glúten). Estes alimentos são isentos de açúcar, proteínas,
glúten, gorduras OU algum outro nutriente, e não necessariamente contém menos
calorias.
Um caso comum é dos produtos diet que possuem mais gorduras
do que a versão original, pois é uma alternativa para as indústrias criarem uma
versão relativamente fiel a um alimento doce, por exemplo, ao mesmo tempo que
reduzem seu açúcar.
Por isso, é importante ficar atento às opções diet porque
apenas a presença desta palavra na embalagem não as faz necessariamente
melhores para quem quer emagrecer.
O Senhor Tanquinho recomenda: saiba sempre as informações
corretas sobre o produto olhando em sua tabela nutricional.
Alimentos Zero (ou 0%)
São produtos com “zero” (faz sentido, não?) de algum
nutriente, como açúcar, gordura, ou sódio.
O público alvo são pessoas que desejam emagrecer, ou que
estejam em dietas com alguma restrição alimentar – por exemplo, um alimento
Zero Açúcar pode ser consumido por diabéticos.
Alguns dos itens que podemos encontrar são Zero Calorias,
Zero Gorduras ou Zero Sódio, então
preste atenção para saber o que exatamente
você está comprando.
Também podemos destacar os alimentos zero glúten e zero
lactose que são versão sem esses dois alimentos feitas especialmente para
pessoas com doença celíaca ou intolerância láctea.
Alimentos Fonte de…, e Alto Conteúdo
Para que um alimento possa usar essa denominação de “fonte
de”, ele deve possuir concentrações mínimas do nutriente em questão.
Por exemplo, no caso do ômega 3, o alimento deve apresentar
pelo menos 300 mg (miligramas) de ácido alfa-linolênico, ou mínimo de 40 mg da
soma de EPA e DHA (subtipos de ômega 3).
Já para um alimento poder declarar “Alto Conteúdo”, no caso
do mesmo nutriente, ele deve conter pelo menos o dobro das concentrações de um
alimento “fonte de” ômega 3.
Já no caso de vitaminas e minerais, a regra é que, para
alimentos “fonte de”, a porção deve conter pelo menos 15% da ingestão diária
recomendada e, para alimentos com “alto conteúdo”, o dobro disso.
Mas afinal… o que é um alimento fit?
Acabamos de analisar todas as principais variedades de
alimentos para emagrecer exploradas comercialmente: diet, light, zero, rico em
nutrientes, etc.
No entanto, o que dizer dos alimentos ditos fit? Porque,
indo ao mercado, encontramos diversos alimentos com a palavra “fit” estampada
em seus rótulos. Afinal, o que essa palavra quer dizer?
E a verdade é que, diferentemente das outras palavras que
abordamos (como light ou diet ou zero), a palavra fit não quer dizer absolutamente
nada.
Isto é, ela não está contemplada na classificação do
ministério da saúde, mas sim é utilizada pelas principais marcas comerciais
para promover os alimentos que elas julgam ser mais saudáveis.
Geralmente, essa
classificação fit é utilizada em pães e massas integrais, por se acreditar que
esses alimentos possuam menor índice glicêmico.
Entretanto, como a classificação de alimento fit pode ser
usada livremente pelas indústrias, sugerimos que fique atento para não comprar
alimentos que sejam apenas puro marketing.
A sugestão do Senhor Tanquinho, então, é que você foque em comer comida de verdade e apenas
complemente ocasionalmente com alimentos mais processados.
Desse modo, sua saúde estará sempre em dia, sem que você
precise ler rótulos exaustivamente.
“Nossa, Senhor Tanquinho… mas são tantas denominações!”
São mesmo, leitor! E isso porque nem abordamos os critérios
para “aumentado” em relação a proteínas, “não contém” para gorduras totais e
saturadas, “sem adição de açúcar”…
A lista é grande, e não temos a intenção de fazer deste um
post imenso e inconclusivo sobre o assunto.
Até porque, essas denominações são baseadas numa norma,
promulgada no final de 2012, e que entrou definitivamente em vigor em janeiro
deste ano (2014) – conforme você pode conferir aqui.
Consideramos essa resolução da Anvisa um grande avanço, por
regulamentar melhor o que os fabricantes
podem (e também o que não podem!) colocar nas embalagens como informação
nutricional*.
Mas gostaríamos de salientar que, assim como qualquer outra
lei ou decreto, esta atual também é passível de mudanças.
Sendo assim, o que realmente queremos que você aprenda com este
post (e o Senhor Tanquinho espera que você extraia essa lição) é a importância
de ler as tabelas nutricionais e aprender sobre nutrição.
Se apenas um leitor entender isso e assumir para si a
responsabilidade de fazer escolhas conscientes sobre a própria alimentação,
este post já terá valido a pena ser escrito. Afinal, o conhecimento é seu mais
importante aliado na busca de um corpo melhor!
*Por exemplo, houve denúncias de alguns salgadinhos (bombas
calóricas, cheias de carboidratos vazios e abusando do sódio) que colocavam, em
suas embalagens, “não contém colesterol”.
Todavia, o colesterol é um composto encontrado em
quantidades relevantes apenas em alimentos de origem animal.
Desse modo, eles advertiam um suposto benefício do alimento
como algo especial de sua marca, e não como uma característica inerente ao
alimento. Esse tipo de abuso foi coibido com a nova legislação.
Fonte: Matéria e imagem http://www.senhortanquinho.com/light-diet-zero-saiba-qual-e-a-diferenca/
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