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quarta-feira, 20 de maio de 2020

FERMENTO NATURAL


 Leia com atenção e assista os vídeos antes de começar a preparar o fermento. Paciência e logo estará preparando pães, bolos e pizzas deliciosos! Bora lá?



1. Faça um suco de abacaxi, apenas com a fruta, e reserve 60 ml, coados. Separe 50 g de farinha de trigo integral. Misture bem os dois, numa tigela tipo ramequin (que deve ser coberta com um pano) ou num pote de vidro com tampa. Guarde num lugar protegido da luz e do calor. Espere 48 horas (um pouco mais, ou até um pouco menos), até que apareçam as primeiras bolhas. Durante esse período, abra e mexa com colher, duas vezes por dia.

2. Dois dias depois, percebendo que há atividade (bolhas pequenas, e mudança de textura), alimente de novo, desta vez com 20 ml de suco de abacaxi e 30 g de farinha integral. Mexa bem e guarde por mais 48 horas, mexendo uma ou duas vezes por dia.

3. Temos mais bolhas? Então, vamos reforçar a dose de farinha integral, 50 g. E, desta vez, água, filtrada ou mineral, 30 ml. Agregue bem e guarde de novo. O descanso, agora, é de 24h.

4. Se a mistura estiver “ativa”, com textura aerada, alimente com mais 75 g de farinha integral e 30 ml de água. Feche o recipiente e aguarde mais 24h.

5. Com a mistura mais crescida e esponjosa, agora a ideia é descartar parte do quase-fermento: reserve 100 g, doe ou jogue fora o restante. Mude para um pote com tampa, misture os 100g remanescentes com 200 ml de água e 300 g de farinha integral. Espere crescer, entre 4 e 8 horas.

6. Repita a operação: aproveite 100 g, descarte ou doe o resto, alimente de novo com 200 ml de água e 300 de farinha integral. Depois que tiver crescido, leve para a geladeira, para estabilizar. Se a ideia não for usá-lo todo dia, ele deve ser guardado em geladeira, em pote com tampa, para não apodrecer. A alimentação, daqui em diante, será sempre na proporção 1, 2, 3. Por exemplo: se temos 50 g de fermento, somamos ao dobro de água, 100 ml, e ao triplo de farinha integral, 150 g. Não importa a quantidade inicial, basta respeitar as quantidades proporcionais.

7. No dia seguinte, o fermento já pode render pães. Ele deve ser refrescado (isto é, alimentado, com o devido tempo para crescer, de 4 a 8 horas) toda vez que for usado na massa de pão. Lembre-se: parte do fermento vai para a receita; e parte é guardada, para dar origem a novas fornadas. Sendo bem tratado, ele dura indefinidamente.

* Receita inspirada no livro 'Pão Nosso', de Luiz Américo Camargo.





ABAIXO VÍDEOS COM O PASSO A PASSO DA PREPARAÇÃO, VALE A PENA ASSISTIR:

- Vídeo 1:

- Vídeo 2:

- Vídeo 3:

- Vídeo 4:

- Vídeo 5:

- Vídeo 6:

- Vídeo 7:

- Vídeo 8:



Luiz Américo Camargo, autor do livro Pão Nosso (recomendo).





segunda-feira, 30 de dezembro de 2019

Alimentos na Ceia de Ano Novo – tradição, simbologias, simpatias, sortilégios!



Qual o significado dos alimentos de ano novo, o que significam as comidas de Reveillon, suas tradições e simbologia, que são passadas de pais para filhos, que são trazidas de outros países e  culturas, e sua perfeita integração com a riqueza da culinária brasileira?

Arroz, grãos, aves, peixes, frutas, vinhos, espumantes e champanhe, quantas delicias existem numa ceia de Ano Novo, comumente chamada de Ceia de  Reveillon?

Na maior parte das civilizações, o marco da passagem dos anos é uma data sempre a ser celebrada, mesmo que estas possam ser comemoradas em datas diferentes e em caráter cíclico: um novo ano, com novas oportunidades e novos acontecimentos.

No caso do Ano Novo ocidental, a festa também é conhecida pelo nome de Réveillon.

O termo é originado do verbo réveiller e que, traduzido do francês tem o significado de despertar. O evento acontece em 1º de janeiro, mas sua comemoração começa na véspera e segue diferentes ritos, que variam de acordo com as culturas.

No Brasil, há o hábito de vestir-se de branco e adotar simpatias para garantir sorte e prosperidade para o novo ano.

O que comer na ceia de Ano Novo?

O Ano Novo representa uma época de finalizações e de renovação de esperanças. Sendo data de comemoração, quando os alimentos sempre estão presentes, nas tradicionais ceias. Nessas ocasiões, alguns desses alimentos costumam ser consumidos para a sorte, proteção e para o amor. Entenda melhor sobre eles e saiba escolher o seu cardápio durante as festas.

A começar pela fartura, pela imensa quantidade de comida que geralmente encontramos à mesa nessa ceia, que reflete não só um momento de abundância e felicidade, mas o desejo de que as mesmas se repitam em todo o ano que está por vir.

Os pratos servidos também têm seus significados e tradições. Eles variam de acordo com o país e cultura. A ceia de Ano Novo traz, em sua comida e sua forma de servir, muitos significados, vamos explicar o que consumir e o que não comer na noite de ano novo, na tradicional Ceia de Reveillon realizada na noite da virada do dia 31 de dezembro para o dia 1º de janeiro.

Abaixo, uma lista de comidas de ano novo, os alimentos que são servidos na ceias, ou que carregam alguma significação na passagem do ano:

- ARROZ
O arroz é um alimento praticamente mundial. Sua cor representa a divindade. O consumo desse alimento ainda simboliza riqueza, abundância e fertilidade. Vem daí o costume de jogar arroz nas noivas

Na Coréia, no Japão, no Líbano e na Dinamarca acreditam que esse é um alimento que traz muita sorte. O Líbano tem ainda uma outra curiosidade, é costume desse povo comer apenas alimentos brancos na noite da passagem do ano.

- CHAMPANHE, ESPUMANTES, VINHOS FRISANTES
Essas bebidas também são feitas com uvas, são bebidas que não podem faltar na ceia e no brinde de Ano Novo.

Como é feito a partir da uva, atrai sorte. Além disso, é a bebida da celebração da vida, da alegria e por isso atrai felicidade. Existe o costume de tomar 3 goles de champanhe e para cada um fazer um pedido.



 O champanhe “verdadeiro” é originário de uma região da França, e sua pureza e qualidade são reconhecidas no mundo todo. O único problema é que essa é uma bebida cara, mas você pode substituí-la por espumantes nacionais ou importados, de quase igual qualidade e mais baratos.

- CORDEIRO
O cordeiro é um animal muito tradicional das ceias de Natal e Ano Novo, consumido há milhares de anos, é um animal muito apreciado no Oriente e aos poucos vem conquistando seu espaço na mesa dos brasileiros, se você não gosta é por que não experimentou, ou se já comeu e não gostou é por que não foi bem preparado, sendo assim, neste fim de ano inove sua ceia e coloque o cordeiro no cardápio e surpreenda seus convidados.

- FIGO: Atrai saúde, paz e harmonia.

Existem registros de que a fruta era enaltecida por gregos e romanos, que atribuíam ao deus Dionísio ou Baco a introdução do figo e da uva “para a alegria e riqueza da humanidade”. Também no Antigo e no Novo Testamento existem várias passagens alusivas à figueira, considerada um símbolo de paz e de harmonia.

Com tantas referências históricas, sabe-se também que há muito tempo atrás a figueira já era cultivada nas regiões semi-áridas do sudoeste da Ásia, pelos povos do deserto, tendo sido introduzida no Egito, na Grécia e na Itália quase mil anos antes de Cristo.

Com a expansão do mundo árabe, a figueira foi também levada para a Península Ibérica, estabelecendo-se na Espanha e em Portugal.

Foi assim, com toda a sua história e mistérios, que as primeiras figueiras chegaram às terras brasileiras já no século 16.figos

O figo, aquele conjunto carnoso avermelhado e completamente comestível, é erroneamente identificado como o “fruto da figueira”. No entanto, todo esse conjunto não passa de uma inflorescência denominada “sícone”. Ou seja, o figo propriamente dito nada mais é do que o receptáculo carnoso em cujo interior encontram-se os verdadeiros frutos: as minúsculas sementinhas que permanecem envolvidas pelos restos das flores da figueira, que formam a polpa carnuda.

- LENTILHAS
A lentilha é sinal de boa sorte, principalmente para os italianos.


 É utilizada para trazer fartura à mesa. A origem desta superstição é italiana e foi trazida para o Brasil pelos imigrantes. Dizem que 1 colher de sopa é suficiente para assegurar um ano inteiro de muita fartura.

No Brasil e no Chile, algumas pessoas acreditam que a lentilha deve ser a primeira coisa a ser consumida na ceia, logo após a meia-noite, para que não falte dinheiro durante o ano que está chegando. Grãos, como por exemplo a a lentilha, se assemelham a moedas.

Quem quer atrair riqueza não pode deixar de consumir lentilha, essa preciosa leguminosa (diferente de “legumes”, as leguminosas são feijões, lentilha, soja e grão de bico). Acredita-se que as pequenas sementes, circulares e achatadas são como moedas e atraem boa sorte no âmbito financeiro. .Aliás, a lentilha é tão rica em fibras solúveis, que devia ser mais consumida no ano inteiro e não somente agora.

- LOURO
Espalhar folhas de louro pela mesa é um costume antigo vindo da tradição greco-romana por simbolizar sucesso e vitória. Guardar 3 folhas de louro na carteira é garantia de sucesso e reconhecimento!

O Louro, proveniente do Mediterrâneo, era símbolo de vitória para atletas e heróis nacionais durante a Roma Antiga. Este hábito perdura até hoje, quando levamos as folhas de louro na carteira, como símbolo de boa sorte!

- MAÇÃ
À meia-noite, dê uma mordida numa maça bem vermelha, que simboliza sucesso e longevidade..maca

A maçã é tão antiga quanto a história da humanidade. Nas regiões temperadas, a macieira é cultivada há muitos milênios. Segundo alguns pesquisadores, as primeiras macieiras surgiram há 25 mil anos, em algum ponto entre o Cáucaso e o leste da China. Outras investigações indicam que as espécies atuais existem desde o término da era glacial, há 20 mil anos. Na Antiguidade, a participação da maçã na vida do homem pode ser verificada por inúmeras histórias, lendas e em mitos provenientes de distintas civilizações de locais muito distantes. Até os dias de hoje não se sabe ao certo quando e onde se originou a macieira, e qual ou quais foram as espécies silvestres que deram origem à maçã contemporânea, cujas variedades são atualmente conhecidas.

A macieira é talvez a primeira árvore a ser cultivada pelo ser humano, e seu fruto tem sido melhorado por seleção natural ao longo dos anos. Atribui-se a Alexandre, o Grande o crédito de encontrar maçãs anãs na Ásia Menor em 300 A.C., e de levá-las para a Macedônia. Maçãs de inverno, colhidas no final do outono e estocadas no frio foram uma importante fonte alimentar na Ásia e na Europa durante milênios.

Segundo o pesquisador Dehais, a maçã é considerada nativa da região limitada ao norte pelas montanhas do Cáucaso meridional, ao sul pela parte norte do Irã, ao leste pelo mar Cáspio e a oeste pela região de Trevisonda, na Turquia, sobre o mar Negro. Nesses limites, atualmente estão os países Geórgia, Azerbaijão e Armênia, o norte do Irã e o leste da Turquia. As maçãs se difundiram pela Europa com facilidade por causa de sua adaptabilidade a diferentes climas, adotando, em sua viagem pelo planeta, diferentes cores, formas, sabores e histórias, pois essa fruta tem um valor simbólico grande.

Egito, China, índia, Grécia, Israel e Roma revelam a presença da maçã em diferentes fontes documentais. A arqueologia mostra que na Idade da Pedra, na Europa Central, consumiam-se maçãs frescas e secas ao sol. Nos primeiros registros escritos egípcios e chineses, a fruta aparece mencionada. É sabido que há 8.500 anos maçãs já cresciam e eram consumidas em Jerico, cidade próxima do rio Jordão, na Palestina, considerada a cidade mais antiga do mundo (partes da cidade datam de 11 mil anos), o que indica que a presença da maçã é quase tão antiga quanto os primeiros assentamentos humanos.

Em algumas regiões, na Antiguidade, as maçãs eram destinadas à nobreza, e eram sobremesa já há 4.500 anos. A maçã já era cultivada em 300 A.C. pelos fenícios e cartagineses. Os hititas, sabidamente, consumiam maçãs, assim como os acádios, já que uma múmia encontrada no cemitério real de Ur havia sido sepultada com diversos itens, dentre eles um prato com fatias de maçã. Na bíblia, no código de Manu (século V a.C), na história das plantas do grego Teophrastus (300 A.C.) e em obras de botânica feitas por romanos (Marco Terencio e Plínio Caio) também há referência à maçã, mostrando a difusão da fruta por essas regiões.

Na Idade Média, a maçã, notadamente a silvestre, era cultivada e consumida pelas classes sociais mais altas. O cultivo era reservado para monastérios e para a nobreza, feito em lugares isolados como pântanos drenados ou ladeiras de colinas. Já no século XVI, os médicos indicavam consumir maçãs cozidas e temperadas, por considerarem-na uma fruta muito úmida e fria. Durante o século XVII, foi utilizada pelos camponeses europeus para fazer sidra, uma bebida. Chegou ao Novo Mundo pelos colonizadores europeus, mas há informações de se haver encontrado evidências dessa fruta em ruínas de colônias vikings na Groenlândia e no Canadá, datadas de mais de 400 anos antes do descobrimento da América por Colombo. A maçã foi uma importante fonte alimentícia em todos os tipos de climas frios. E a espécie de fruto, com exceção dos cítricos, que pode ser conservada durante mais tempo sem perda de suas propriedades nutritivas.

- MELANCIA
Atrai prosperidade, devido a sua grande quantidade de água e sementes, e a capacidade de muitos frutos, acredita-se que a melancia é símbolo de vida, fartura  e renovação.melancia


 A melancia é originária das regiões secas da África tropical e do Sul da Ásia, embora seja encontrada na Índia uma grande diversidade dessa espécie, o que acabou gerando uma controvérsia sobre sua real origem. A domesticação ocorreu na África Central onde a melancia é cultivada há mais de 5000 anos. No Egito e no Médio Oriente é cultivada há mais de 4000 anos. A cultura foi introduzida na China no séc. X. Por volta do séc. X o seu cultivo era documentado na Córdoba árabe e no séc. XIII já era cultivada em diversas regiões da Europa. A cultura foi introduzida na América no séc XVI e no Brasil foi trazida por negros de origem Banto e Sudanês,  no processo de escravidão. Por ser adaptável, é tão resistente que se dispersou sem problemas por quase todo o mundo, é hoje, a segunda fruta mais produzida no planeta, depois da banana.

Considerada uma fruta que funciona como sobremesa refrescante, nas regiões áridas de África são utilizados como fonte de água desde tempos imemoriais. As sementes são muito consumidas em diversas regiões da Ásia. Na Índia faz-se pão de farinha de semente de melancia; no Médio Oriente comem-se as sementes assadas; na China selecionaram-se cultivos com sementes grandes.

Tem propriedades hidratantes (contém cerca de 90% de água). Além disso, possui também açúcar, vitaminas do Complexo B e sais minerais, como cálcio, fósforo e ferro.

Pode ser consumida in natura, ou ainda elaborada em pratos doces (sorvetes, sucos, mousses, saladas de frutas, doce em calda) ou salgados (saladas, contrastando com sabores do camarão, temperada com hortelã, mangericão, ou então harmonizando sabores com seus primos melão, abóbora e pepino).

- NOZES, AVELÃS, CASTANHAS E TÂMARAS
Elas foram trazidas pelos imigrantes de origem árabe e são recomendadas para garantir fartura. 



As “nuts” (nozes,castanhas em geral e, ate frutas secas,em inglês) atualmente estão sendo utilizadas como petisco saudável, como uma pequena porção antes das duas  principais refeições, e veja  se a  fome não vai diminuir na hora de “atacar” o prato principal.frutas-oleaginosas

A arte de secar  frutas para consumi-las durante o inverno surgiu na Europa , durante o Império Romano. Ricas em açúcares, na época , eram utilizadas  por viajantes e soldados para repor as energias.

As frutas  desidratadas são submetidas a  processos de secagem natural, exposição ao Sol ou artificial, câmaras de ar,vapor ,estufas ou fornos, sendo que não perdem muitas  de suas propriedades nutricionais.    As fibras, minerais e açúcares permanecem preservados e ficam muito  mais  concentrados, daí o forte sabor adocicado e aroma.

- PEIXES
É a única carne obrigatória ( porque é muito saudável) que devemos comer na ceia de ano novo, também porque o peixe é o simbolo dos milagres de Cristo. Na verdade, peixe em grego é ICHTUS, que é também a junção das iniciais de Iesus Christus Theos Uios Soter, que em português significa Jesus Cristo, filho de Deus, o Salvador. Come-se peixe, portanto, para pedir a proteção do Cristo durante o ano que está chegando. E por que é bom para a saúde! Muitas culturas acreditam que os peixes trazem boas vibrações. Os japoneses acreditam que eles são um símbolo de fertilidade por conta de sua capacidade de produzir toneladas de ovos. Os suecos também comemoram a virada do ano com uma abundância de frutos do mar, incluindo pratos em conserva.

- PORCO –  LEITÃO
O porco está sempre andando e fuçando para frente e, por isso, é visto como um animal de prosperidade.

Além disso, seu alto teor de gordura nos remete à fartura e à riqueza. No interior existe um velho ditado que diz que todo animal que faz xixi para trás empurra o dono para frente, sendo assim o porco é a melhor opção, ou o tender assado.

- ROMÃ
A romã é símbolo de fartura e fertilidade, é uma planta mágica cultuada em antigas tradições do oriente por ter poderes de atrair riquezas para quem a cultiva.



Ela é uma fruta que tem muitas sementes, que simbolizam o nascimento e a abundância.roma

A romã está associada às paixões e à fecundidade. A árvore era consagrada à Afrodite, deusa da fertilidade. Para os judeus, a romã é um símbolo religioso com profundo significado: no ritual do ano novo, acreditam que o ano que chega sempre será melhor do que aquele que vai embora. Sugiro como uma linda decoração e para ser apreciada, pois é rica em vitamina C, fortalecendo a defesa natural do corpo.

No Brasil, a tradição manda que se segure três sementes dessa fruta nos dentes à meia-noite, pedindo dinheiro para o ano seguinte.

Serve para atrair dinheiro. Coma a fruta, guardando sete sementes na carteira.

As sementes devem ser guardadas durante todo o ano, dentro da carteira e envolto em papel branco. Se você tem um quintal ou um espaço disponível plante uma romanzeira, cuide dela e ela trará fortuna para sua casa.

- TRIGO (RAMOS): 

O trigo simboliza a fartura, a abundância e o desabrochar de todas as possibilidades, devendo estar presente na mesa de ano novo e durante todo o ano. Para comer, tenha um tipo de pão com trigo na mesa de ano novo, divida o pão com as mãos e ofereça a cada convidado, desejando que nunca falte o alimento para todos, com fartura e abundância.trigo

- UVAS
A uva é a fruta mais conhecida por trazer boa sorte no Ano Novo. A uva garante prosperidade e fartura de alimentos, para isso é necessário comer 12 uvas, ou seja, uma para cada mês do ano. Aproveite e faça um pedido para cada uma que comer.Elas também podem garantir dinheiro: guarde as sementes na carteira ou na bolsa, até a troca do próximo Ano-Novo.

Na Espanha, as pessoas têm costume de comer 12 uvas à meia-noite, uma para cada batida do relógio. O objetivo é comê-las antes do início do novo ano. Alguns acreditam que a doçura de cada uva prevê como cada mês será. Por exemplo, se a terceira uva é amarga, março pode ser um mês difícil. A tradição começou em 1909, quando houve uma grande produção da fruta no país. Acredite ou não nessa superstição, coma do mesmo jeito, pois uvas fornecem glicose, fibras e água, além de matar bem a vontade de comer um doce…

- VINHO
O vinho é feito de uvas, que por si só já carregam uma significação positiva e otimista. Na passagem do ano, faça um brinde ao ano que nasce e beba o vinho em copos de cristal.

Observações:

- AVES

Passe longe de frango, peru, faisão ou qualquer tipo de ave se quer ter algum sucesso no ano que vem! As aves ciscam para trás e, para os supersticiosos, isso indica retrocessos e atraso de vida, na dúvida, opte por outros tipos de carnes.

- FRUTAS COM ESPINHOS

Não tenha na mesa frutas com espinhos, segundo a crença os espinhos significam sofrimento, dificuldades e entraves.

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domingo, 25 de novembro de 2018

COMO FAZER MANTEIGA NOISETTE, CLARIFICADA E GHEE


                                                       Foto: Henrique Monteiro|Estadão

Por Renata Mesquita e Carla Peralva

   Uma barra de manteiga pode virar três trunfos da cozinha: a noisette (marrom) dá mais sabor aos pratos, a clarificada e o ghee não têm lactose e são ótimos para frituras.

   Sozinha, uma boa manteiga já é imbatível. E com poucos passos (e uma panela de fundo grosso), você consegue transformá-la em três super ingredientes diferentes. Ela ganha novos sabores e novos usos.


Manteiga noisette

Noisette é avelã em francês. A manteiga marrom leva esse nome por conta da cor e do aroma ela ganha conforme as proteínas do leite vão dourando e a água, evaporando. Ela é daqueles segredos de cozinha que todo mundo merece saber, porque traz uma nova camada de sabor para as receitas - mais adocicado, mais intenso.

1 - Coloque a manteiga em pedaços na panela e leve ao fogo médio até derreter completamente. Comece a mexer. Ela vai começar a espumar e borbulhar. Continue mexendo, raspando bem o fundo da panela. Lá estão os sólidos do leite, que estão caramelizando e liberando o cheiro de castanhas.

2 - Fique ligado na cor. A manteiga vai evoluindo do dourado ao marrom. Os sólidos do leite - os pontinhos que aparecem no fundo da panela - devem chegar a um tom marrom dourado. Essa é a hora de prestar atenção. Se a manteiga passar do ponto e ficar muito escura, fica com gosto de queimado.

3 - Desligue o fogo e transfira imediatamente a manteiga para um outro recipiente - se ela continuar na panela, vai continuar cozinhando. Não se esqueça de raspar todos os pedacinhos marrons que ficaram grudados no fundo da panela - é lá que está todo o sabor! 

4 - Quente, a manteiga marrom pode ser molho de massas, finalizar risotos, ir por cima de panquecas ou de peixes... Já fria, ela vai vem na massa de biscoitos e bolos ou direto na torrada.


Manteiga clarificada

Clarificar a manteiga significa retirar dela toda a água e os sólidos do leite. O que fica é a apenas a gordura. Ou seja, manteiga clarificada não tem lactose. Assim, ela demora mais para queimar do que a manteiga comum. Seu chamado ponto de fumaça é de 220ºC, enquanto o da não clarificada é de 150ºC. Em outras palavras, ela aguenta mais calor, o que a torna ideal para frituras.

1 - Derreta a manteiga em fogo médio. Não mexa. Quando ela começar a borbulhar e uma película branca se formar na superfície, desligue o fogo. Deixe descansando por cerca de 5 minutos na panela.

2 - Com a ajuda de uma escumadeira, retire toda essa camada branca. Depois, passe a manteiga por um pedaço de gaze para filtrar os resíduos restantes.


 Ghee

Ghee é a manteiga clarificada indiana. Originalmente feita a partir da nata do leite, é 100% gordura, não contém lactose. Se feito por este método, os sólidos do leite chegam a caramelizar na panela. Daí, a gordura resultante é mais dourada e tem mais sabor. O ghee tem os mesmos usos da manteiga clarificada, com a vantagem de ter sabor mais intenso e amendoado. Ele também pode ser usado para substituir a manteiga no dia a dia.

1 - Derreta a manteiga em fogo médio. Quando a espuma branca começar a se formar na superfície, diminua o fogo.

2 - Cozinhe por cerca 5 minutos, mexendo, até a espuma restante descer para o fundo da panela. Estará pronto quando parar de borbulhar. 

3 - Desligue o fogo e passe a manteiga por uma peneira com uma gaze para retirar os sólidos do leite. Coloque em uma vasilha resistente ao calor e aí é só guardar - não precisa nem ir para a geladeira.



domingo, 11 de novembro de 2018

COMO FAZER PÃO SEM ERRO - DICAS PARA FAZER PÃO




   Pão caseiro é uma delícia, mas para que ele cresça, fique fofinho e úmido, alguns cuidados precisam ser tomados, pensando nisso, montei este post com dicas de como fazer pão sem erro.
   
   Se você nunca se arriscou a fazer pão em casa ou se já tentou e não deu certo, dá uma olhada neste texto e depois corre para a cozinha que desta vez seu pão vai fazer sucesso!

Como fazer pão sem erro:

1. Tipo de fermento: em geral, o fermento usado em massas para pães, pizzas e esfihas é o fermento biológico, que pode ser encontrado fresco ou seco. Eu já usei dos dois tipos e não vejo muita diferença no resultado, mas conheço quem diga que o fermento fresco é bem melhor.
O fermento seco equivale a 1/3 da quantidade do fermento fresco, ou seja, se a receita pede 30g de fermento fresco e você for utilizar o fermento seco, o correto é utilizar 10g do seco, em geral essa informação está na embalagem do produto.
O fermento fresco deve ser armazenado na geladeira, já o seco deve ficar fora em local fresco e em um recipiente bem vedado, mas sempre consulte a embalagem para ver a indicação de armazenamento do fabricante.

2. Calor demais: o erro mais comum que vejo acontecer é aquecer demais o líquido (água ou leite) que irá ativar o fermento, está deve estar levemente morna, pois passando dos 40ºC, o calor mata o fermento e seu pão não cresce. Se você mora regiões quentes nem é preciso aquecer a água/leite, o próprio calor gerado ao sovar a massa já ativará seu fermento.
Na dúvida, faça como eu e ative o fermento antes de adicionar os outros ingredientes, assim você não perde tempo e ingredientes. E se quiser precisão, você também pode investir em um termômetro culinário (o meu é este aqui, mas achei outros legais também, estão aqui, aqui, aqui e aqui!). Deste jeito, só tem como fazer pão sem erro!

3. Fermento come açúcar: mesmo que esteja fazendo um pão salgado, o fermento biológico deve ser ativado com açúcar, pois o fermento precisa de algo para se alimentar, e o açúcar faz este papel.

4. Fermento não gosta de sal: O sal também é outro elemento que pode matar o fermento, por isso é importante não colocá-los em contato direto, em geral, eu o espalho sobre a farinha nos cantos do recipiente para evitar que isso aconteça.

5. De leve com a farinha: a farinha de trigo deve ser adicionada aos poucos, pois a umidade do ar e o tipo de farinha utilizada podem afetar (e às vezes muito) a quantidade necessária para sua massa. Vá adicionando durante a sova até que sua massa desgrude das mãos, ganhe consistência, porém ainda fique macia ao toque. Se sua massa ficar dura demais, adicione um pouco de líquido e continue sovando até chegar ao ponto ideal.

6. Ponto de sova: o ideal é sovar a massa do seu pão até que ela fique bem elástica e lisa. Um bom teste é apertar a massa com o dedo e observar, se ela começar a “voltar”, está no ponto. Com o tempo fica mais fácil perceber o ponto certo, mas sovando por 10 a 15 minutos não tem erro. A sova é importante para ativar o glúten da farinha e deixar o seu pão com aquela textura gostosa, é um ponto essencial de como fazer pão sem erro.

7. Pão mais macio e úmido: essa dica é para a hora de assar. Coloque uma forma no forno no momento que estiver pré-aquecendo e quando for colocar o pão para assar, encha a forma que já estava lá com um pouco de água e deixe-a lá nos primeiros 15 minutos. Depois deste tempo retire a forma com água e deixe seu pão terminar de assar normalmente. Para não dificultar a retirada e evitar acidentes, não coloque muita água na forma.

8. Pão seco e duro: Depois de assado, não deixe o pão esfriar no forno, isso resseca seu pão e o deixa duro. Esta dica também vale para bolos.

9. Farinhas especiais: Não é muito fácil encontrar, mas existem farinhas de trigo mais “fortes” (com mais glúten) que são mais indicadas para preparo de pães e pizzas, se achar por aí, vale a pena.

Mais informações no site abaixo:



domingo, 28 de outubro de 2018

MENTA & HORTELÃ




Menta, hortelã... Você, com certeza, já se viu diante de algum produto nestes dois sabores e deve estar se perguntando até agora qual a diferença entre eles.

O fato é que Mentha é um gênero botânico da enorme família das Lamiaceae, gênero esse que conta com uma grande quantidade de espécies que são vulgarmente chamadas de mentas ou hortelãs. Ou seja, na prática, é só uma questão de nomenclatura, pois, na verdade, tudo é menta.

Originárias da Europa, Ásia e Península Arábica, existem cerca de 25 espécies de mentas silvestres que se espalharam pelo mundo todo e se desmembraram numa grande quantidade de híbridos, já que a polinização das mentas acontece de forma cruzada, dando origem a uma infinidade de novas espécies. Essas novas espécies, embora biologicamente diferentes, acabam sendo muito parecidas na aparência, o que dificulta bastante a  classificação das mentas.

E não existe nenhuma diferença entre elas?
   Sim, existem várias diferenças que vão de aspectos biológicos a sabor e aroma bem distintos, conferindo a cada espécie particularidades e predisposição a usos bem diferentes.

No que tange à gastronomia, duas espécies se destacam e todas as outras acabam sendo consideradas como pertencentes a algum dos dois tipos que são:

1-  Mentha spicata L, que chamamos de menta (spearmint)

2- Mentha x piperita L, que chamamos de hotelã-pimenta (peppermint) ou só de hortelã, e que é a mais popular e refrescante de todas as espécies.

Em países de língua portuguesa, as espécies do gênero Mentha são popularmente conhecidas como hortelãs, embora o nome menta, por vezes, também seja utilizado. Especificamente aqui no Brasil, de forma geral, costumamos chamar todas as mentas de hortelã, com exceção do Sul do País, onde são chamadas de menta.

- Uso culinário:
Com um dos sabores e aromas mais conhecidos do mundo, as mentas são intensas, refrescantes, quentes e um tanto adocicadas.

Seu uso é comum em praticamente todas as cozinhas do mundo, predominantemente nas culinárias da Índia e Vietnã, do Oriente Médio, Norte da África e, também, países europeus como Inglaterra, Espanha e Itália.

As mentas condimentam carnes, legumes, saladas, doces, drinks e licores. Combinam bem com manjericão, cominhos, endro, gengibre, manjerona, orégano, salsa, pimenta e tomilho.

Acompanham muito bem todas as carnes de sabor marcante, como as caças exóticas e patos, além de ser parceira obrigatória da carne de cordeiro, inclusive em forma de geléia. São excelentes como ingrediente de molhos para guarnecer peixe e frango grelhados. Estão presentes nos kibes, kebabs e tabules árabes.

Combinam muito bem, também, com aromas cítricos e hortaliças de verão como  tomates, pepinos, batatas, berinjelas e abobrinhas. Curtida com vinagre dá toque especial para saladas e assados. Pode ser acrescentada em ovos mexidos e omeletes.

As mentas aparecem, também, em uma grande quantidade de doces e guloseimas - bolos, tortas, sorvetes, cremes, chocolates, licores, xaropes, gelatinas, balas, pastilhas, chicles e bolachas, entre outras. O efeito refrescante da erva, ainda, realça saladas e ponches de frutas. É bastante utilizada, também, para decorar sobremesas e sopas.

E, claro, com as mentas você pode, ainda, fazer um chá maravilhoso, que pode ser tomado sozinho ou aromatizando chás preto ou verde.

- Forma de venda:
Fresca, desidratada ou em pó, embora a primeira tenha melhor aroma e sabor.
Normalmente, é vendida fresca, em buquê ou em vasinhos, em mercados, varejões ou feiras-livres. Escolha as folhas vistosas e evite as que estiverem murchas e manchadas.

- Como Conservar:
Seca: Guarde-a em vidros escuros, ao abrigo da luz, e não se esqueça de verificar o prazo de validade.

Fresca: Lave-a e guarde-a em saquinhos na geladeira, por alguns dias. Se plantada em vasinho, não esqueça de regá-la sempre.

Congelada: Lave bem as folhas da hortelã e pique-a, coloque-as em formas de gelo com água, leve-as a congelar, retire-as da forma e guarde-as em saquinhos fechados, próprios para alimentos.

Maiores informações no site abaixo:

Enciclopédia Britânica
Botanical online
Historiadores de la Cocina
Fleischmann
Wiipedia

domingo, 14 de outubro de 2018

COMO SUBSTITUIR INGREDIENTES EM BOLOS


Por Pati Bianco
 
 Se você já tentou fazer um bolo sem glúten, sem ovos ou sem leite e sua receita ficou um desastre total, acredite: não aconteceu só com você!

   Para prepararmos  com mais segurança receitas que utilizam ingredientes diferentes da tradicional mistura de farinha de trigo, leite, açúcar, manteiga e ovos, temos que começar desconstruindo alguns conceitos.

 Para isso, vamos entender qual o papel de cada ingrediente nas receitas tradicionais de bolo?

Farinha de trigo:
Graças à sua proteína, o glúten, essa é a opção perfeita para suportar a expansão causada pela fermentação e gerar a estrutura para o bolo. Diferentemente de um pão, a massa de bolo não deve ser sovada ou muito trabalhada. O glúten ajuda a dar estrutura, mas para a confecção de bolos não é necessária uma rede muito forte para suportar a expansão da massa. Por esse motivo que geralmente adiciona-se o trigo no fim do processo.

Açúcar:
Além do deixar doce (dã), o açúcar também contribui para a expansão da massa e ajuda a manter sua umidade por meio das ligações entre as moléculas de água e de sacarose, deixando o bolo mais… úmido, ué. Sem açúcar, o bolo fica mais denso e seco.

Ovos:
Os ovos são tipo faz-tudo: eles têm diversas funções no bolo.
Ajudam a dar estrutura, aeração, ajuda a dar liga e são emulsificantes, contribuindo para que os ingredientes se misturem. Quando o bolo vai pro forno, a proteína do ovo coagula com o calor e dá firmeza e textura. Além disso, eles também conferem aeração à massa, deixando o bolo mais leve e fofo.

Leite:
Além de umedecer a massa, o leite também influencia na textura pois apresenta proteínas, podendo interferir na estrutura formada pela massa.

Manteiga:
Auxilia na maciez pois impede que a rede de glúten se forme. A gordura envolve as proteínas da farinha, impedindo que elas se liguem entre si. Além disso, dá sabor à massa.
Entendendo um melhor o papel de cada um dos ingredientes fica mais fácil ganhar autonomia para substituí-los nas receitas.

Substituindo a farinha de trigo branca:
Para trocar por farinha integral, é interessante manter uma pequena porção da farinha refinada para que o resultado final seja de um bolo macio. Uma proporção de 60% farinha integral e 40% refinada é interessante, mas é possível reduzir ainda mais a quantidade da segunda.

Para substituir o glúten da farinha de trigo é necessário utilizar ingredientes que façam seus diversos papéis. Geralmente, utiliza-se uma mistura de farinha de arroz, fécula, polvilho e alguma farinha de liga. Também é comum adicionar Goma Xantana ou CMC, que servem para dar mais maciez e elasticidade. 

Substituindo os ovos:
Como eles são multi-função, o ideal é tentar entender quais papéis o ovo desempenha em cada receita. Em um bolo sem farinha, por exemplo, o ovo que dá estrutura, liga, umidade e expande…. é quase um omelete alto e doce, na verdade.
Banana amassada, as farinhas de liga, vinagre, pasta de amendoim… vários ingredientes podem substituir os ovos em certos aspectos. Dá uma olhada nessa tabela que roda a internet:


A questão aqui é que esses ingredientes não substituem 100% o papel dos ovos em todas as receitas. Meus comentários sobre cada substituto citado acima (de acordo com minha experiência, pode ser que eu esteja errada!) são:

- Gel de Linhaça: ajuda a dar liga e adiciona fibras ao bolo;

- Gel de Chia: como o de linhaça, ajuda a dar liga e adiciona fibras.. mas deixa com a textura das sementinhas;

- Proteína de soja e Ágar-ágar: nunca usei!

- Banana Amassada: ajuda a dar liga e umidade, mas deixa sabor residual;

- Purê de maçã: ajuda a dar umidade, deixa pouco sabor residual;

- Pasta de Amendoim: ajuda com a liga e com a umidade, por ser bem oleosa. Pode reduzir a quantidade de gordura do resto da receita se utilizar essa opção. Ela deixa bastante sabor residual.

- Aquafaba: não está nessa lista, mas a espuma feita com a água do cozimento do grão de bico pode ajudar a dar volume e arear. Mas ela não tem tanta estrutura quanto as claras em neve quando levada ao forno.

Substituindo o Açúcar:
Demerara, mascavo, adoçantes… Esse será o próximo assunto da nossa serie. Para o bolo, é bom lembrar que o açúcar ajuda a dar estrutura, leveza e umidade.

Substituindo o Leite:
Pode ser substituido pelos leites vegetais mais “ralos” como o de amêndoas ou soja. Para usar leite de coco industrializado ou de castanha de caju, é só diluir um pouco em água, deixando com uma consistência parecida com a de leite de vaca. Dependendo da receita, também é possível substituir por água, como nos meus bolinhos de caneca de chocolate e de fubá.

Substituindo a Manteiga:
Óleos de cozinha dão um bom resultado em bolos, deixando-os bem fofinhos, mas não são exatamente super saudáveis. O óleo de coco pode ser uma boa opção para substituir gorduras que solidificam em temperatura mais baixas, como a manteiga. Para quem não for vegano, também dá pra usar ghee. Dica extra: azeite de oliva fica uma delícia em bolos de chocolate!

Tamanho da forma:
A forma ou assadeira utilizada pode influenciar muito no sucesso final do seu bolo. Formas com furo no meio, por exemplo, ajudam a distribuir o calor para o centro do bolo, o que pode ser essencial para que um bolo sem glúten (como o de cenoura com chocolate) asse por completo. Como os bolos sem glúten não têm tanta estrutura, pode ser impossível multiplicar uma receita por 2 e usar uma forma maior. O bolo pode acabar não tendo estrutura, não assará por dentro e virará… uma nhaca!  Se quiser fazer alguma receita sem glúten em grande quantidade, minha sugestão é utilizar formas de muffin (cupcake) ou uma forma retangular grande. Fica bem mais fácil pra massa conseguir estrutura quando a massa é mais baixa.

Outros ingredientes não-convencionais:

Goma Xantana ou CMC:
Ajuda a dar elasticidade e maciez, mas fica com uma textura meio de goma, como o próprio nome diz. Fica gostoso se bem utilizado, e pode ajudar a reduzir a quantidade de gordura da receita.

Vinagre de maçã ou arroz:
Ajuda na fermentação, crescimento, maciez e durabilidade. Eu costumo utilizar esse ingrediente nas minhas receitas de bolo, como no muffin de duplo chocolate e o bolo guirlanda.

Outras farinhas:
Adicionar aveia, farinha de coco, de amêndoas, de quinoa ou outras farinhas nutrivas, mesmo que em pequena quantidade, pode diminuir o índice glicêmico e tornar seu bolo funcional.

No site abaixo você encontra mais informações:

domingo, 5 de agosto de 2018

AÇAÍ, PUPUNHA E JUÇARA: DESCUBRA AS DIFERENÇAS ENTRE OS TRÊS TIPOS DE PALMITOS

                                                          (Foto: Daniela Meira/Mais Você)

   Leve, saboroso e versátil. Assim podemos caracterizar o palmito em nossa alimentação. Contudo, dentre os seus 3 tipos há pequenas peculiaridades que diferem um dos outros. Conheça mais sobres as versões juçara, pupunha e açaí, seus benefícios para a saúde e formas de consumo.
   
   Se tem um ingrediente que parece cair bem toda a hora, em qualquer momento do nosso dia, esse alimento é o palmito. Extremamente leve e versátil, ele combina praticamente com tudo na gastronomia e, além de saboroso, também é poderoso nutricionalmente. Mas, você sabe como escolher o palmito certo na hora da compra? Nos supermercados, feiras e hortifrutis nos deparamos com uma variedade de palmitos à disposição, mas qual é o melhor? Existe diferença entre eles? Veja como escolher o ideal para sua refeição!
   
   Basicamente, existem apenas 3 tipos de palmitos: açaí, pupunha e juçara. O pupunha é mais fácil de encontrar fresco normalmente em feiras ou mercados. Segundo a nutricionista Carolina Baliere, em termos de nutrição, no entanto, eles são idênticos: "Em relação a nutrientes, todos têm os mesmos, tais como potássio, vitamina C, fonte de fibras que ajudam na saciedade e no melhor funcionamento do intestino".

Quais são as diferenças e cuidados que devemos ter para o consumo dos palmitos

- Pupunha: O mais nobre dos palmitos é o pupunha. Com um sabor mais suave, ele possui um tamanho maior e é mais macio, se comparado aos outros.

- Açaí e Juçara: São os mais comuns, mais vendidos e mais conhecidos. Possuem tamanhos parecidos e sabores mais marcantes que o pupunha.

   "O palmito deve ter higienização e estar em embalagens corretas, por conta do botulismo (envenenamento causado por toxinas produzidas por bactérias). Gosto de orientar que as pessoas comprem sempre os frescos, caso não encontre, prefira os em embalagens de vidro e nunca enlatados. Ideal que lave bem e ferva por 20 minutos e consuma imediatamente e caso não consiga, ferva em até 24 horas novamente e coma, pois ao ferver mata a bactéria que costuma ter em palmitos", ressalta a profissional.

Como utilizar o palmito nas preparações?

   Segundo a nutricionista Carolina Baliere, pode-se acrescentar em saladas ou fazer lasanha de palmito: "Ao invés de usar massa, corte o palmito fresco, cozinhe um pouco para dar uma amolecida e coloque em uma forma de vidro com carne moída e massa de tomate natural, camadas por camadas e coloque no forno por 30 minutos", finaliza a profissional.

6 Benefícios do palmito para a saúde:

1 - Fonte de potássio: O mineral é de suma importância para o bem-estar do nosso organismo, isso porque ele é responsável por beneficiar a nossa saúde óssea e muscular. Ajuda a regular o metabolismo e combate os sintomas do estresse e da ansiedade.

2 - Vitamina C: Com uma grande quantidade de vitamina, o palmito ajuda a manter saudável o nosso sistema imunológico, prevenindo a propensão de gripes e resfriados, entre outras infecções.

3 - Age em prol dos músculos: Além da presença do potássio que contribui para a saúde muscular, também encontramos o zinco, um mineral que ajuda a sintetizar as proteínas, que são fundamentais para os músculos.

4 - Fibras alimentares: Ajudam a controlar os níveis de açúcar no sangue, reduzir o colesterol "ruim", diminuindo o desenvolvimento das doenças cardiovasculares e diabetes.

5 - Proporciona saciedade: O palmito é rico em fibras que ajudam a aumentar o tempo de saciedade, evitando a gula e impedindo o ganho indesejado de peso.

6 - Melhora o funcionamento do intestino: Os alimentos fontes de fibras alimentares ajudam a regular o intestino, prevenindo a constipação e até mesmo as hemorroidas. Além disso, beneficia o sistema digestório, aliviando os desconfortos causados por inchaço e retenções de líquidos.

*Carolina Baliere (CNR 18152), é especializada em nutrição funcional.

Fonte: texto http://www.conquistesuavida.com.br/noticia/acai-pupunha-e-jucara-descubra-as-diferencas-entre-os-tres-tipos-de-palmitos_a4533/1

Imagem: http://gshow.globo.com/programas/mais-voce/So-na-web/noticia/2014/08/voce-sabe-a-diferenca-entre-os-tipos-de-palmito-veja-como-escolher.html

domingo, 22 de julho de 2018

FARINHA, FARELO OU FLOCOS DE AVEIA? CONHEÇA AS PRINCIPAIS DIFERENÇAS ENTRE ELAS!



   Usada nas mais diversas receitas, a aveia é um rico alimento e possui um verdadeiro arsenal de possibilidades de consumo. Uma das mais utilizadas é como farinha, ou seria farelo ou flocos? Muito se fala sobre essas formas, mas pouco realmente se conhece. Por isso, vamos fazer uma breve análise de cada uma dessas composições, as suas diferenças e benefícios à saúde alimentar.

   Segundo a nutricionista Cristiane Coronel, em qualquer forma, o uso natural da aveia possui grande quantidade de fibras solúveis que ajudam a diminuir a velocidade de absorção da glicose no sangue e também a controlar a absorção de colesterol no organismo. Dentre as diferenças de farinha, farelo e flocos, a principal está no processo de produção do cereal. Depois da colheita, é feito o processamento do grão, processo que facilita e direciona o consumo da aveia. Assim se dá origem ao farelo de aveia, à farinha de aveia e a aveia em flocos grossos ou finos. Veja as principais diferenças entre estes produtos:

As diferenças entra farinha, farelo e flocos de aveia
- Farinha de aveia:  
É produzida a partir da parte mais interna do grão, a concentração de fibras neste produto é menor que a encontrada nos flocos e no farelo. É rica em açúcares/carboidrato, mas pobre em nutrientes. Isto a torna proibida na dieta Dukan, por exemplo.

- Farelo de aveia:
Por ser feito da parte mais externa do grão, é pobre em carboidratos e rico em proteínas e fibras solúveis que retardam a absorção da glicose e diminuem o colesterol. Por inchar no estômago, aumentando de volume em até 30 vezes, proporciona grande saciedade. É item obrigatório na Dukan, pois proporciona uma porção pequena, mas suficiente, de carboidratos complexos, além de auxiliar no preparo de diversas receitas.

- Flocos de aveia:
Finos ou regulares, são ricos em carboidratos e açúcares de rápida absorção. São produzidos através da prensagem dos grãos integrais e mantém todos os açúcares/carboidratos e nutrientes. É feito pela prensagem do grão inteiro. Seu uso não é permitido na dieta Dukan por conter muito carboidrato.

*Cristiane Coronel (CRN1-4551) é nutricionista clínica e esportiva funcional e disponibiliza o seu site para contato e outras informações: Corpo Nutri


domingo, 8 de julho de 2018

COMO ESCOLHER ENTRE MOLHO, POLPA OU EXTRATO DE TOMATE?



por  Emília Zampieri

A diferença é sutil, mas saber escolher ajuda muito no preparo das receitas

Basta uma rápida olha na prateleira do mercado para descobrirmos uma infinidade de opções de atomatados: molhos, polpas e extratos, com ou sem tempero, contendo ou não pequenos pedaços... Como fazer então para escolher a melhor opção para nossa receita?

De acordo com a nutricionista Bianca Naves, do site O Melhor do Molho, a diferença básica está na concentração, ou seja, quantos tomates são usados para fazer cada um, mas não é só isso. Por isso, ela separou algumas informações importantes, que vão te ajudar na escolha:

O molho de tomate é o tomate pronto para o consumo. Pode conter cebola, alho, manjericão, etc. Os molhos prontos servem basicamente para economizar tempo na cozinha, podendo ser usados em massas, pizzas, ou qualquer outro prato servido com molho. É o produto em forma líquida, pastosa, emulsão ou suspensão à base de especiaria(s) e ou tempero(s) e ou outro(s) ingrediente(s), fermentados ou não, utilizados para preparar e ou agregar sabor ou aroma aos alimentos e bebidas.

A polpa de tomate (também chamada de purê) é basicamente o tomate processado. As polpas são a opção mais flexível dos atomatados, pois servem como ingredientes para o preparo de uma infinidade de receitas. É feito com tomates sem pele e sem sementes, formando um tipo de suco de tomate. Não tem pedaços de tomate nem qualquer tipo de tempero. É levemente concentrado, mas bem menos que o extrato. Ideal para receitas em que o molho já tem seus próprios temperos ou que precisam realçar o sabor autêntico do tomate.

O extrato de tomate precisa ser diluído para ser utilizado. Ele deve ser usado principalmente para dar cor aos pratos com molhos à base de tomate, e podem também ser usados para engrossar molhos já que são mais concentrados. É feito da polpa do tomate concentrada, acrescida de sal e/ou açúcar. É o mais concentrado dos três. O extrato é recomendado como complemento para o preparo de molhos e proporciona mais cor e consistência, mas, se utilizado em exagero, pode comprometer o prato.

A passata de tomates é a polpa de tomate cozida, sem a pele, sementes, conservantes ou temperos. Você pode usar a passata quando quiser preparar um molho caseiro, pois pode adicionar os seus temperos e ingredientes para deixá-lo do seu jeito. As passatas têm um suco mais espesso composto apenas de tomate, sal e um corretor de acidez. Vem em frascos de vidro e são muito mais similares aos molhos feito em casa. Inclusive, podem ser usadas junto com dois tomates maduros descascados para produzir um molho bem encorpado.



domingo, 27 de maio de 2018

ESPECIALISTAS DÃO DICAS DE COMO APROVEITAR AO MÁXIMO OS ALIMENTOS E SEUS NUTRIENTES


Evelin Azevedo

   O desperdício de alimentos é um problema que afeta o mundo inteiro. Todos os anos, cerca de 1.300 toneladas de comida, o que equivale a um terço de tudo o que é produzido para consumo humano, vai parar no lixo, segundo dados da FAO, Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura. A quantidade de comida jogada fora é quatro vezes maior do que a necessária para acabar com a fome no planeta.

— O brasileiro está colocando em seu prato mais comida do que precisa. Mas existem algumas estratégias para mudar isso, como não se servir com fome, pois irracionalmente você coloca mais comida no prato. Isso também serve para quando vamos fazer compras: com fome, o consumidor leva para casa muito mais alimentos do que precisa. Acabamos comprando um pouquinho de tudo e sempre alguma coisa é desperdiçada — alerta a nutricionista do BioMais, Ronimara Santos.
Para evitar que o consumidor seja seduzido pelos produtos das prateleiras, a nutricionista Haline Dalsgaard, do projeto online “Saúde no prato” recomenda que seja feita uma listinha dos itens que faltam na despensa e dá outras dicas:

— Ao comprar verduras, procure lavá-las e secá-las no dia da compra, antes de armazená-las em saquinhos ou potes, pois assim podem durar até dez dias. E, na hora de cozinhar, dê preferência aos alimentos que estão próximos do prazo da validade, para não ter que descartá-los.

Outra forma de não desperdiçar os alimentos é aproveitando todas as suas partes. Cascas, folhas e talos, também possuem nutrientes e podem ser usados em novas preparações.

— As sobras de arroz podem virar um bolinho, lasanha de arroz, arroz de forno ou risoto. As cascas de melão, melancia, abacaxi, jabuticaba, banana e laranja podem virar uma deliciosa geleia ou até mesmo um bolo — exemplifica a nutricionista Letícia Masulck, do BioMais.
Como não desperdiçar a comida e seus nutrientes

















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