domingo, 21 de agosto de 2016

ALIMENTOS LIGHT, DIET, ZERO, FIT: Saiba qual é a diferença de uma vez por todas.



Atualmente, é possível encontrar diversos alimentos nas prateleiras dos mercados que prometem ser mais benéficos a sua saúde.

Todavia, muitas vezes as palavras diet, light, zero, dentre outras, acabam sendo usadas livremente pelos produtores – sendo que a maioria dos consumidores desconhece seus verdadeiros significados, o que gera muitas dúvidas, principalmente naquelas pessoas que seguem alguma dieta

Já falamos anteriormente sobre os alimentos denominados orgânicos, agora é hora de abordar outras denominações. Então, vamos a elas: 

Alimentos Light


Alimentos light são aqueles que tem uma quantidade mínima de 25% reduzida de algum nutriente – açúcar, gordura total ou saturada, sódio ou valor energético (calorias)  -, quando comparado ao produto convencional da mesma marca.

No caso de a marca não possuir o produto convencional, os 25% devem ser calculados com base na média dos produtos convencionais disponíveis para venda.

Nem sempre foi assim, antigamente o termo “light” podia ser usado menos rigorosamente – a regra atual entrou em vigor no inicio de 2014.

Alimentos Diet


São alimentos voltados para pessoas com restrições alimentares, como por exemplo os diabéticos (que não devem ingerir muito açúcar) ou celíacos (isto é, pessoas com intolerância ao glúten). Estes alimentos são isentos de açúcar, proteínas, glúten, gorduras OU algum outro nutriente, e não necessariamente contém menos calorias.

Um caso comum é dos produtos diet que possuem mais gorduras do que a versão original, pois é uma alternativa para as indústrias criarem uma versão relativamente fiel a um alimento doce, por exemplo, ao mesmo tempo que reduzem seu açúcar.

Por isso, é importante ficar atento às opções diet porque apenas a presença desta palavra na embalagem não as faz necessariamente melhores para quem quer emagrecer.

O Senhor Tanquinho recomenda: saiba sempre as informações corretas sobre o produto olhando em sua tabela nutricional.

Alimentos Zero (ou 0%)


São produtos com “zero” (faz sentido, não?) de algum nutriente, como açúcar, gordura, ou sódio.

O público alvo são pessoas que desejam emagrecer, ou que estejam em dietas com alguma restrição alimentar – por exemplo, um alimento Zero Açúcar pode ser consumido por diabéticos.

Alguns dos itens que podemos encontrar são Zero Calorias, Zero Gorduras ou Zero Sódio, então 
preste atenção para saber o que exatamente você está comprando.

Também podemos destacar os alimentos zero glúten e zero lactose que são versão sem esses dois alimentos feitas especialmente para pessoas com doença celíaca ou intolerância láctea.

Alimentos Fonte de…, e Alto Conteúdo


Para que um alimento possa usar essa denominação de “fonte de”, ele deve possuir concentrações mínimas do nutriente em questão.

Por exemplo, no caso do ômega 3, o alimento deve apresentar pelo menos 300 mg (miligramas) de ácido alfa-linolênico, ou mínimo de 40 mg da soma de EPA e DHA (subtipos de ômega 3).

Já para um alimento poder declarar “Alto Conteúdo”, no caso do mesmo nutriente, ele deve conter pelo menos o dobro das concentrações de um alimento “fonte de” ômega 3.

Já no caso de vitaminas e minerais, a regra é que, para alimentos “fonte de”, a porção deve conter pelo menos 15% da ingestão diária recomendada e, para alimentos com “alto conteúdo”, o dobro disso.

Mas afinal… o que é um alimento fit?


Acabamos de analisar todas as principais variedades de alimentos para emagrecer exploradas comercialmente: diet, light, zero, rico em nutrientes, etc.

No entanto, o que dizer dos alimentos ditos fit? Porque, indo ao mercado, encontramos diversos alimentos com a palavra “fit” estampada em seus rótulos. Afinal, o que essa palavra quer dizer?

E a verdade é que, diferentemente das outras palavras que abordamos (como light ou diet ou zero), a palavra fit não quer dizer absolutamente nada.

Isto é, ela não está contemplada na classificação do ministério da saúde, mas sim é utilizada pelas principais marcas comerciais para promover os alimentos que elas julgam ser mais saudáveis. 
Geralmente, essa classificação fit é utilizada em pães e massas integrais, por se acreditar que esses alimentos possuam menor índice glicêmico.

Entretanto, como a classificação de alimento fit pode ser usada livremente pelas indústrias, sugerimos que fique atento para não comprar alimentos que sejam apenas puro marketing.

A sugestão do Senhor Tanquinho, então, é que você foque em comer comida de verdade e apenas complemente ocasionalmente com alimentos mais processados.

Desse modo, sua saúde estará sempre em dia, sem que você precise ler rótulos exaustivamente.

“Nossa, Senhor Tanquinho… mas são tantas denominações!”


São mesmo, leitor! E isso porque nem abordamos os critérios para “aumentado” em relação a proteínas, “não contém” para gorduras totais e saturadas, “sem adição de açúcar”…

A lista é grande, e não temos a intenção de fazer deste um post imenso e inconclusivo sobre o assunto.

Até porque, essas denominações são baseadas numa norma, promulgada no final de 2012, e que entrou definitivamente em vigor em janeiro deste ano (2014) – conforme você pode conferir aqui.

Consideramos essa resolução da Anvisa um grande avanço, por regulamentar melhor  o que os fabricantes podem (e também o que não podem!) colocar nas embalagens como informação nutricional*.

Mas gostaríamos de salientar que, assim como qualquer outra lei ou decreto, esta atual também é passível de mudanças.

Sendo assim, o que realmente queremos que você aprenda com este post (e o Senhor Tanquinho espera que você extraia essa lição) é a importância de ler as tabelas nutricionais e aprender sobre nutrição.

Se apenas um leitor entender isso e assumir para si a responsabilidade de fazer escolhas conscientes sobre a própria alimentação, este post já terá valido a pena ser escrito. Afinal, o conhecimento é seu mais importante aliado na busca de um corpo melhor!


*Por exemplo, houve denúncias de alguns salgadinhos (bombas calóricas, cheias de carboidratos vazios e abusando do sódio) que colocavam, em suas embalagens, “não contém colesterol”.

Todavia, o colesterol é um composto encontrado em quantidades relevantes apenas em alimentos de origem animal.

Desse modo, eles advertiam um suposto benefício do alimento como algo especial de sua marca, e não como uma característica inerente ao alimento. Esse tipo de abuso foi coibido com a nova legislação.





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